Na busca de apoio para avançar com as pautas econômicas antes do fim do seu primeiro ano de Governo, o presidente Lula tem mais dado do que recebido ao então aliado Arthur Lira. De olho em cargos estratégicos para abrigar nomes ligados ao Centrão, o presidente da Câmara dos Deputados tem conseguido ampliar sua base em pastas importantes no Governo.
Já levou três ministérios, leiam-se Silvio Costa Filho (Republicanos), André Fufuca (PP) e Celso Sabino (União Brasil), Portos e Aeroportos, Esporte e Turismo, respectivamente. Na última semana, conseguiu o posto da presidência da Caixa Econômica para seu aliado, o economista Carlos Antônio Vieira Fernandes, que assumiu a presidência do banco com a exoneração de Maria Rita Serrano.
Este último, foi essencial na mudança de tom de Lira, que em evento de lançamento do Novo PAC, ontem, em Alagoas, sua terra natal, afirmou que a “Câmara nunca faltou ao Brasil e ao governo federal”.
“A Câmara dos Deputados, o ministro Rui sabe muito bem, nunca faltou ao Brasil nem ao governo federal, especificamente nesses assuntos de geração de empregos, de melhoria do ambiente de negócios, crescimento da nossa economia, facilitação, principalmente, de diminuição das desigualdades regionais, sejam econômicas ou estruturantes”, disse.
Porém, distante do discurso feito ao lado do Ministro da Casa Civil, Rui Costa, ontem, a verdade é que Lira e seu grupo ainda não estão satisfeitos. Para colocar como prioridade as pautas econômicas lideradas pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, o presidente da Câmara ainda pressiona Lula por mais.
Além da presidência da Caixa, que já conseguiu, cobra de Lula a liberação de indicações políticas nas vice-presidências da Caixa, além da Funasa (Fundação Nacional de Saúde), que havia sido extinta por Lula e foi recriada por decisão dos parlamentares. Tudo isso em troca de conseguir apoio dos
Na lista de exigências para apoiar os projetos parados na Câmara dos Deputados que têm potencial para elevar a arrecadação e conseguir ajustar as contas, há ainda o pedido por mais emendas parlamentares em 2024, ano eleitoral.
Enquanto isso, o Governo corre contra o tempo para ao menos conseguir acelerar a votação do projeto sobre empresas que receberam benefícios no ICMS. Se aprovada em tempo, pode render até R$35 bilhões para os cofres do Governo. O Governo tem pressa, mas Lira quer cargos e, por isso, usa desse momento para barganhar ainda mais cargos e emendas com o Planalto.
Visitas: 237530
Usuários Online: 1