Um projeto de natureza socioeconômica que pretende recompor a cultura canavieira no Nordeste e gerar cerca de 60 mil empregosdiretos e indiretos apenas em Pernambuco. Este é o fundamento do Projeto Renovar, que foi apresentado ontem, na Associação dos Fornecedores de Cana de Pernambuco, para representantes do setor, deputados federais, prefeitos de cidades pernambucanas e o secretário de Agricultura do Estado, Welligton Batista. De autoria do consultor Gregório Maranhão, a formatação técnica do projeto está concluída. "Estamos aguardando a agenda do governador Paulo Câmara para apresentar o processo", informou Maranhão. O projeto prevê investimentos a partir de recursos do próprio setor, além de um repasse financeiro do Governo Federal para o Governo Estadual.
"Esse recurso federal será repassado ao setor em forma de insumos, como fertilizantes e sementes, e geração de mão de obra", destacou Maranhão, completando que mais de 30% dos recursos serão investidos em novos empregos. "O retorno social desse investimento é absolutamente fantástico. Além disso, ao recompor o fato gerador de impostos, que é a produção, o retorno tributário para o Estado será de grande importância", acrescentou. Ainda segundo o consultor, serão renovados cerca de 16 mil hectares de área de produção por ano, o que representa R$ 26 milhões anualmente no contexto do fornecimento da cana-de-açúcar.
Para o presidente da Associação dos Fornecedores de Cana de Pernambuco, Alexandre de Andrade Lima, "a geração de postos de trabalho é capaz de reduzir o índice de violência das regiões". Por sua vez, o secretário da Agricultura do Estado, Welligton Batista, se comprometeu a levar o programa para ser debatido no Governo. "Paulo Câmara já se mostrou disposto a apoiar o projeto", ressaltou Batista.
Durante o evento, que contou com a participação do presidente do Grupo EQM, Eduardo de Queiroz Monteiro, foram conhecidos os pontos estratégicos do projeto. Na ocasião, ainda estavam presentes o presidente do Sindicato dos Cultivadores de Cana, Gerson Carneiro Leão, e o presidente da União Nordestina dos Produtores de Cana (Unida), José Inácio.