Indicadores apontaram que o fornecimento de energia elétrica no Brasil no ano passado foi melhor comparado a 2016. Dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) registraram que os consumidores brasileiros ficaram 14,35 horas em média sem energia, representando uma redução de 9,23%, já que em 2016 o número marcado foi de 15,81 horas médias. Apesar desse resultado nacional, a Companhia Energética de Pernambuco (Celpe) apresentou um valor de interrupção de energia acima do limite estabelecido pela Aneel, com uma queda de seis posições no ranking geral das distribuidoras, comparando 2016 com 2017.
De acordo com a Aneel, o chamado índice DEC, que mede a quantidade de tempo em que o consumidor ficou sem o fornecimento de energia, foi acima do valor limite, no caso da Celpe. "No período, a companhia caiu no indicador, ficando com DEC de 1,22, o que significa que passou 22% do limite de fornecimento de energia", explicou o especialista em regulação da Aneel, Renato Eduardo, complementando que os consumidores abastecidos pela Celpe ficaram 16,98 horas sem energia no ano passado. Por isso, a empresa caiu da 17ª posição em 2016 para a 23ª posição em 2017.
Segundo a companhia, esse resultado foi influenciado por dois fatores. "No ano passado, sobretudo entre maio e julho, tivemos em Pernambuco uma média de ventos atípicos, muito fortes na região. Além disso, houve eventos que não tiveram origem no sistema da Celpe, mas influenciaram na nossa distribuição", explicou o gerente de operações da Celpe, André Santos, ao informar que a companhia vem em evolução positiva nos últimos anos. "De 2014 para 2017 houve uma redução de 31% na duração média das interrupções de energia. A tendência é melhorar esse resultado neste ano", disse Santos.
Para o especialista da Aneel, nos últimos anos a Celpe melhorou os resultados através de um acompanhamento feito pela agência. "Houve essa pequena queda, mas vamos seguir acompanhando a empresa para a melhora do serviço ao consumidor", registrou Renato Eduardo.
Nacionalmente, o bom resultado foi influenciado pelas ações desempenhadas pelas distribuidoras. "Com o reforço de equipe, do sistema de informática e logística, as distribuidoras conseguiram reduzir o tempo de interrupção de energia, além de realizarem ações preventivas de manutenção das redes, o que melhorou a média nacional", afirmou Renato Eduardo.