Três suspeitos de envolvimento no assassinato do juiz Paulo Torres Pereira da Silva, do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJ-PE), foram na presos madrugada desta terça-feira, 24, pela Polícia Civil. O carro usado no crime, um Chevrolet Onix vermelho roubado, também foi apreendido.
Os suspeitos são Kauã Vinicius Alves da Rocha, Esdras Ferreira de Lima e Alcides da Silva Medeiros Júnior. Eles foram presos em flagrante em uma casa na cidade Cabo de Santo Agostinho, na região metropolitana do Recife.
Os policiais da 12.ª Delegacia de Homicídios receberam denúncias sobre o paradeiro do carro e fizeram campana na região. Os suspeitos estavam na garagem da casa quando os três receberam voz de prisão. Eles confessaram que estavam prestes a mudar a placa e a cor do veículo.
Os presos alegam que não tiveram participação direta no homicídio. Eles afirmam que apenas intermediaram a descaracterização do carro.
Em depoimento, Kauã Rocha relatou que foi procurado por um dos executores para o trabalho e que o veículo foi deixado em um ponto combinado com as chaves em cima do pneu. Ele também afirmou que os executores mudaram o número de celular e fugiram para a Praia de Gaibu porque temiam represálias do comando do tráfico de drogas da Enseada dos Corais. Lideranças da facção, segundo o depoimento, sabiam que o crime atrairia a polícia.
A Polícia Civil ainda investiga as versões. O delegado Roberto de Lima Ferreira pediu a conversão das prisões em flagrante em preventivas por considerar que, nesta fase inicial, não é possível descartar que todos façam parte de uma mesma organização criminosa.
O juiz foi morto a tiros no último dia 19 no bairro de Candeias, em Jaboatão dos Guararapes, no Grande Recife, a poucos metros de casa. O carro dele foi cercado por criminosos que dispararam contra o veículo e fugiram do local. O crime é tratado como latrocínio.
Casado e pai de três filhos, Paulo Torres Pereira da Silva, conhecido como Paulão, mudou do Rio de Janeiro para Pernambuco no final da década de 1980 para trabalhar como juiz. Ele estava lotado na 21ª Vara Cível do Recife.
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