O Departamento de Estado dos EUA confirmou, nesta segunda-feira (9), a morte de 9 americanos nos ataques do Hamas a Israel. O porta-voz do departamento, Matthew Miller, disse em entrevista à rede CNN que o governo ainda não pode confirmar ainda se há americanos mantidos reféns pelo grupo na Faixa de Gaza.
O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, disse no domingo à CNN ter recebido vários relatos de cidadãos americanos que foram mortos ou estão desaparecidos após os ataques terroristas do Hamas em Israel.
"Temos relatos de que vários americanos foram mortos. Estamos fazendo hora extra para verificar isso" disse Blinken "Há relatos de americanos desaparecidos" completou.
Blinken classificou a ofensiva-relâmpago terrorista impetrada pelo grupo extremista armado como o pior ataque desde a Guerra do Yom Kippur de 1973. O episódio, que aconteceu em 6 de outubro de 1973 durante o feriado judaico do Yom Kippur (Dia do Perdão), é considerado o evento mais traumático da história de Israel. Na época, uma coalizão de países árabes, liderados por Egito e Síria, atacou forças israelenses na região do Deserto do Sinai e nas Colinas de Golã, territórios anexados à força por Israel na Guerra dos Seis Dias, em 1967.
"Mas há uma diferença fundamental: aquela foi uma guerra de Estado para Estado, de país para país, de exército para exército. Este é um ataque terrorista em massa que está matando civis israelenses em suas cidades e casas" avaliou Blinken. "Como vimos tão graficamente, eles estão literalmente arrastando pessoas pela fronteira com Gaza, incluindo um sobrevivente do Holocausto em uma cadeira de rodas, mulheres e crianças. Você pode imaginar o impacto que isso está tendo em Israel e o mundo deveria estar revoltado com o que está vendo".
Desde os ataques de sábado, que já deixaram mais de mil mortos, o secretário de Estado dos EUA vem mantendo conversas com homólogos regionais, incluindo Arábia Saudita, Egito, Catar e Turquia. Em telefonema com o ministro das Relações Exteriores da Turquia, Hakan Fidan, Blinken "encorajou o engajamento contínuo" do país em esforços pela libertação de reféns e suspensão dos ataques do Hamas, de acordo com nota da chancelaria americana.
O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, disse, no domingo, que a Turquia está determinada a buscar um caminho diplomático para encerrar a crise. No passado, o país já deu apoio ao movimento palestino Horas depois, a embaixadora de Israel na Turquia declarou que é cedo para falar em ofertas de mediação entre israelenses e palestinos.
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