A taxa de desemprego caiu para 7,8% no trimestre encerrado em agosto e atingiu o menor patamar desde fevereiro de 2015, quando ficou em 7,5%. Com isso, significa dizer que o desemprego está em nível próximo ao do início daquele ano, antes do país entrar na crise econômica. Apesar da melhora, ainda há cerca de 8,4 milhões de pessoas em busca de uma oportunidade no mercado de trabalho.
A mediana das projeções dos analistas apontava para uma taxa de 7,8% no período.
No trimestre encerrado em maio de 2023, que serve de base de comparação, o desemprego ficou em 8,3%.
O número de pessoas ocupadas cresceu 1,3% e chegou a 99,7 milhões.
Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (29) na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), do IBGE.
Aumento na ocupação
A redução da taxa de desemprego está diretamente influenciada pela alta do número de pessoas trabalhando, explica Adriana Beringuy, coordenadora de Pesquisas por Amostra de Domicílio.
A população ocupada cresceu 1,3% no confronto contra o trimestre encerrado em maio, o equivalente ao incremento de 1,3 milhão de pessoas com vagas no mercado de trabalho. Ao todo, há 99,7 milhões de trabalhadores com alguma ocupação no país. Com isso, o nível da ocupação (percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar) foi estimado em 57%.
“Esse quadro favorável pelo lado da ocupação é o que permite a redução do número de pessoas que procuram trabalho”, diz a pesquisadora.
Perspectivas
O cenário para o mercado de trabalho melhorou em meio à atividade mais resiliente, inflação mais controlada e início do ciclo de queda dos juros Nas projeções da Confederação Nacional do Comércio (CNC), a criação de vagas temporárias deve alcançar o maior patamar em dez anos. A expectativa é que a taxa de desemprego encerre o ano entre 8% e 8,5%.
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