A Polícia investiga a morte de um jovem de 23 anos, assassinado a tiros durante uma carreata a favor do candidato à Presidência da República Fernando Haddad (PT), na noite deste sábado (27), na cidade de Pacajus, Região Metropolitana de Fortaleza, no Ceará. De acordo com as primeiras informações, o jovem participava do evento pelas ruas do Bairro Centro, quando um homem emparelhou um veículo Gol de cor branca e efetuou pelo menos três disparos de arma de fogo. Charlione Lessa Albuquerque ainda chegou a ser levado para um hospital do município, mas faleceu.
Peritos criminais examinaram o local do crime, mas não encontraram pistas que levem aos assassinos. No momento do assassinato, Charlione estava acompanhado da mãe, Maria Regina Lessa, que é secretária Nacional da Mulher Trabalhadora da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Vestuário da CUT (CTRV/CUT).
Segundo a confederação, a carreata seguia em "clima pacífico e descontraído" quando a vítima foi atingida por disparos de arma de fogo deflagrados por um eleitor de Jair Bolsonaro (PSL), que teria atentado contra a manifestação.
"Após os disparos, o assassino bradou orgulhoso o nome de Bolsonaro", informou a confederação, por meio de nota. A presidente da CNTRV, Francisca Trajano dos Santos, exigiu das autoridades policiais a rápida prisão dos acusados do crime e pediu que Bolsonaro se explique sobre o porquê dos seguidores dele agirem de forma "extremamente violenta, impulsionados por seu discurso de ódio e intolerância contra opositores".